Criando Entidades Mágicas e Construtos Astrais
“20 Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
-Mateus 18, versículo 20″
Quem nunca brincou de “faz de conta” quando criança?Ou quem nunca teve um amigo imaginário?
Quando crianças nossas mentes são mais abertas,e consequentemente nossa imaginação mais fértil.
Com o passar do tempo,a confusão do “mundo adulto” e as ancoras da “realidade” atam nossa mente. Nós perdemos grande parte de nossas criatividades e capacidade de imaginação.
O Ato de criar uma entidade magica remete a nossos tempos de criança. Criar um Servo Astral é como criar um amigo imaginário…. com garras. (ou outra característica marcante variável com sua função).
A entidade criada é uma Forma-pensamento consciente de si mesma. É um “elemental artificial”. Um fragmento da imaginação somada a Vontade de seu criador,dotado de vida e consciência própria e encarregado de uma função.
Esta entidade terá como meta de existência o cumprimento ou desenvolvimento da tarefa designada. Desta forma,sua vida-útil se encerra junto a tarefa e a entidade deve ser eliminada.
Manter uma entidade sem objetivo viva é algo realmente perigoso. Ao tomar consciência da ausência de razões para existir ela tentará achar uma por si só – normalmente vampirizar a energia que a criou,tornando a vida de seu criador um Inferno.
Mas existem exceções. Tarefas sem fim,muito longas ou que possuam variação,tal como proteger um local,ou drenar um alvo podem fazer com que a entidade seja mantida por mais tempo,no entanto se recomenda q a “meia vida” destas nunca ultrapasse 1 ano,ou menos. Por isso, a criação acidental ou involuntária (que ocorre com frequência com o uso errôneo da mesa ouija ou similares) se torna um problema em potencial.
Tipos de Construtos Astrais:
-Egrégoras:
Egrégoras são formas pensamento Coletivas. Quando mais de uma pessoa é envolvida em sua criação,independente do método utilizado. Normalmente são usadas por grupos ocultistas ou Covens para proteção. Quanto maior a quantidade de pessoas envolvidas,mais poderosa a Egregora será.
Ela é uma manifestação da imaginação dos membros envolvidos,tendo uma aparência definida por estes junto a sua função.
O grande problema de uma Egregora é quando ela é criada acidentalmente e não possui meios de se controlar. E ela passa a afligir o grupo de todas as formas possíveis,ressentida por sua criação acidental.
É impossível para o criador banir uma Egregora. Como parte de sua mente,ele não tem para ONDE ser banido,voltando sempre a seu ponto de origem.
A unica forma de destruí-la é da mesma forma q foi criada: O ato ou objeto que simulou a criação da vida deve ser findada, simulando sua morte. E cada membro deve “assassinar” a Egregora em sua mente,e passar a ignora-la de todas as formas possíveis,como se ela houvesse de fato morrido. Desta forma,sem a “atenção” necessária para alimenta-la e sem acontecimentos atribuídos a ela para “alimenta-la” ela estará condenada a voltar para o ponto de onde veio, ou seja a mente de seus criadores.
Como egrégoras famosas (E ainda vivas e ativas), temos o já citado aqui Cthulhu, o Sol Negro, entre muitos outros.
-Servos Astrais/Tulpas:
São um tipo muito útil, e bem mais exclusivo de forma-pensamento. Gerados por apenas uma pessoa,com uma finalidade, aparência, nome e sigilo pré definidos. O termo “Tulpa” se originou no folclore tibetano e refere-se exatamente a um ser criado pela força mental e de Vontade do praticante.
O Nome e o Sigilo/representação servem como forma de controlar a entidade. Através deles você a alimenta com sua energia,chama quando necessário e concede ordens. E também é a forma de Destruí-los antes que se tornem demasiado inconvenientes.
Existem infinitas formas de se criar um serviçal Astral. Desde usando elementos Naturais, sangue, “éter”, Luz, inúmeras variações de ritos, entretanto todos combinam em um ponto:
O servo deve ser alimentado, dependendo da imaginação de seu Criador para existir.
–Golem:
Originários do folclore judaico, são máquinas de guerra formadas por elementos brutos (pedras, argila, barro, metal) animados por magia. Dentro do ocultismo real, são variações das tulpas que habitam dentro de estátuas ou objetos físicos. Usados normalmente para proteção, por serem um tanto duradouros e eficientes. Segundo a lenda judaica, ao se por o nome de uma pessoa na boca do Golem, este poderia protegê-la ou destruí-la.
CRIANDO ENTIDADES
Vou explicar aqui uma rápida prática: Como criar seu próprio servo astral. Usem com sabedoria, não me responsabilizo por nenhum erro.
1- Planejando:
O primeiro passo para criar um ser é pensa-lo antes. Meditação deve ser uma Constante antes de se criar a entidade.
Deve-se pensar na situação que requer o uso do Servo, numa característica marcante que o servo deva ter,de acordo com sua finalidade dentro do possível problema. Anote sempre suas conclusões no seu grimório ou local adequado.
Criado o “esqueleto” da entidade,comece a pensar sua forma.
Atacar um inimigo?garras e presas ou características que lembrem animais ferozes. Ou talvez um guerreiro?
Defender uma localidade?Espinhos são ideais. Causar pesadelos?Uma aparência grotesca e ameaçadora. Ajudar um parente doente? Uma que passe a sensação de paz e luz. Questões financeiras?A cor dourada ou prata é bem relvante. A sua imaginação é o limite,seja o mais criativo que puder ser. Após pensar na forma final é altamente recomendável desenha-la para torna-la mais tangível.
2- Nomeando:
Escolha um nome q tenha relação direta com a FUNÇÃO da entidade. Não deixe fugir do objetivo final dela. Algo que lembre a ela – e a você – que ela foi criada com um propósito de vida especificado. Não pronuncie este nome em voz alta até o momento do Ritual de Criação. Sigile o nome,mas não carregue o sigilo ainda. Energize-o somente na hora do rito, da maneira que for mais adequada a seus métodos.
3- O Ritual – Dando vida a Entidade:
Tendo em mãos suas anotações resultantes da meditação, o sigilo da entidade e uma Conjuração previamente escrita prepare o ambiente com incensos que lhe agradem ou combinem com a entidade e velas de cores especificas ao objetivo também. (ex: um servo para ajudar a aproximação a uma pessoa poderia usar incenso de rosas e velas rosas, um servo para assombrar velas negras e Incenso lunar e assim vai…)
Trace um Circulo mágico da forma que te agradar. Performe um Banimento bom para limpar o ambiente de energias nocivas. Faça uma abertura ao rito, enunciando ao Universo (ou a algum Deus com o qual trabalhe) sua intenção e Vontade. Coloque o desenho do Servo sobre o altar junto ao sigilo. Leia a conjuração previamente escrita, vibrando e visualizando conforme o necessário. Imagine o servo como uma entidade real diante de você, saindo do senho,se erguendo a seus olhos…
Carregue o sigilo da forma q bem entender, e logo depois passe ele (levemente) sobre os 4 elementos (fumaça do Incenso, respingue gotas de água, passe velozmente sobre o fogo, e em areia/terra/sal). Finalmente, de a ele o elemento do espirito (sangue, saliva, sêmen…). Perceba sua energia em seu corpo,concentre o máximo de energia possível em seu tórax, na área dos pulmões… e então sopre o Ar com sua energia sobre o sigilo. Conceda vida a ele através do Sopro.
Imagine-o diante de você nitidamente. Converse com ele,de a ele as instruções sobre como,onde e com quem agir especificamente. Marque um Objeto ou o próprio desenho com o Sigilo dele. Esta será a “casa” onde o servo irá repousar quando não estiver cumprindo sua função. Mantenha uma copia do sigilo com você para contacta-lo em emergências.
Encerre o ritual quando o servo se for para seu objetivo ou ir para seu local de repouso. Faça outro banimento e desfaça o circulo. Agora lembre-se que seu servidor deve sempre ser alimentado,todos os dias.
4- Alimentando:
Alimentar um servo astral é simples. Dirija-se ao local de repouso dele ou ao sigilo que carrega consigo e o evoque.
Diante dele, visualize sua energia ser transferida para ele, deixe ele “sugar” sua energia até se dar por satisfeito.
Outras formas de alimenta-lo é pingar sêmen,lágrimas ou sangue (fluidos energéticos) sobre o sigilo/casa da entidade.
5-Entrando em Contato:
Bem simples. Pode ser feito de duas formas. Através de simples meditação ou sonho convocando-o mentalmente através de seu nome e segurando seu sigilo,ou através de perscrutação. O segundo método basta ter um espelho negro, bola de cristal, copo de água,fumaça ou outro meio divinatório e diante deste convocar sua entidade até q esta se manifeste. Então passe a ela as ordens especificas de como atuar em determinada situação. Lembre-se sempre de fazer um banimento antes E depois de contactar sua entidade,visto que outras energias atuantes podem se fazer passar por ela.
6- Destruição:
Caso a entidade tenha cumprido sua missão,ou esteja ficando problemática, lembre-se que tudo um dia tem um fim. É hora de destruí-la. Não cultive criaturas sem utilidade,pode ser danoso.
O rito é bem simples. Crie todo ambiente ritualístico novamente, faça os rituais de banimento e limpeza e abertura. Trace teu circulo. Tenha preparado uma “desconjuração”,escrita previamente e deixando claro seu intento de destruir aquilo que criou e possui direito de matar. Leia esta conjuração visualizando bem cada linha. Ao final dela queime o sigilo da entidade,visualize sua energia voltando para vc,totalmente drenando a entidade.
Após isso,esqueça-a. Se possível não fale dela por muito tempo. Caso isso seja inevitável, lembre-se sempre de trata-la como algo verdadeiramente morto, como se um animal de estimação velho e cansado houvesse morrido.
Não torne a chama-la.
7 – Observação sobre os Golem:
Para criar um Golem,basta confeccionar uma figura de argila. As características físicas devem ser lógicas, condizentes com a missão designada a ele. É aconselhável desenhar um sigilo de controle em suas costas. Também é bom durante a confecção da estatueta deixar um local para “alimentar” o golem com sangue ou energia.
Ordens podem ser dadas através de inscrições em tiras de papel. Se a estátua for destruída,o Golem é automaticamente morto.
Azi Dahaka;
escrito originalmente para a comunidade do orkut “Ars Arcana”.
Ba Nam I Âharman