Servos Astrais podem ter os mais diversos conceitos dependendo do sistema, paradigma ou crença que você utilize. Na filosofia da Magia do Caos é convencionado que Servos Astrais são Formas-Pensamento. Diferente dos Sigilos que são apenas a representação de um intento (intenção, desejo), os Servos Astrais são representações de Habilidades, Características ou Arquétipos.
Formas-Pensamentos são literalmente pensamentos que tomaram forma. Os pensamentos em sua mente são apenas sinais elétricos passando por seus neurônios. Quando você coloca esses pensamentos em palavras através da fala ele toma a forma oral. Se escrever esse pensamentos eles tomam forma escrita. Se transformar a ideia geral desse pensamento em um símbolo ele passa a ter uma forma simbólica. Se transformar em uma imagem artística, ela toma a forma dessa imagem. Ou seja, é um pensamento que tomou forma, que é expressável de uma ou mais formas.
Servos Astrais normalmente eram individuais, você fazia um para si, como se fosse um ajudante mágico para seus afazeres. Normalmente o servo astral era criado principalmente para foco e aprendizado de magia. Phil Hine comenta que todo magista deveria ter um servo astral para ser seu ajudante mágico, para que ele te auxiliasse no aprendizado de magia.
[Para entender sobre os variados tipos de entidades mágicas, você pode ler esse ótimo texto: Servidores, definição e métodos.]
Para ficar mais claro como os servos astrais são vistos pela perspectiva da Magia do Caos, vou fazer algumas analogias
Imagine que um servo astral é como um amigo imaginário, mas que não foi criado aleatoriamente, mas sim como se fosse um personagem de RPG. Você faz a ficha de personagem, escolhe as habilidades, escolhe suas características, escolhe os poderes, história, aparência, personalidade, etc.
Também pode ser comparado como um programa de computador. Você escreve o código do programa, para que esse programa realize determinadas tarefas. Ou seja, você cria uma programação específica, e deixa que ela trabalhe de acordo com o que ela foi programada para fazer.
Caso você tenha um paradigma mais místico, pode imaginar que o servo astral é a captura de energias específicas do plano astral, como se você conseguisse organizar qualidades energéticas de outras “dimensões” em um único recipiente, que terá funções específicas. Algumas pessoas criam servos dessa forma, “capturando” eles do plano astral, seja através de meditação, gnose ou sonhos e dão “corpo” a essa forma de energia.
Também pode ser considerado simplesmente como um arquétipo. Os 40 Servos de Tommie, por exemplo, foram criados a partir de arquétipos conhecidos. Ele estudou quais seriam os arquétipos mais comuns do “subconsciente coletivo” e deu forma a eles. Sobre arquétipos você pode saber mais lendo Jung.
Servos Astrais são entidades sencientes?
O que são entidades sencientes?
Entidades sencientes são aquelas que sabem o que são, e tem compreensão de sua própria existência, além de um certo “livre-arbítrio”. São aqueles que são conscientes de si mesmo.
Portanto: Primariamente não. Servos astrais geralmente, não são sencientes. Geralmente se diz que um servo que se tornou poderoso demais virou uma tulpa, o que quer dizer que ele saiu do controle do seu criador, adquiriu senciência e livre-arbítrio. No entanto há apenas algumas lendas sobre isso.
Mas existe uma questão interessante sobre isso: se no seu paradigma de crenças você acredita que o servo é um ser senciente, que tem vontade própria, etc, então ele agirá dessa forma junto a você. É sempre bom lembrar que a sua realidade funciona de acordo com seu sistema de crenças, portanto se você acreditar que o servo tem consciência, ele agirá como se tivesse.
Essa parte é tão importante que vou repetir: a magia age de acordo com seu sistema de crenças, portanto um servo pode ter um conceito completamente diferente dependendo da pessoa que o criar ou utilizar.