O que é Magia do Caos?
A Magia do Caos é relativamente nova, tendo sido criada em meados do século passado. O termo aparece pela primeira vez na década 70, nas publicações d’O Livro dos Resultados de Ray Shervin e Liber Null do Peter Carroll, que posteriormente fundaria a IOT, uma ordem que nasce se auto proclamando herdeira mágica do Zos Kia, o sistema mágico pessoal de Austin Spare, um artista e ocultista que morreu na década de 50.
Com forte influência da Wicca e Thelema, a ideia principal do Zos Kia, tal qual é a ideia da Magia do Caos, era desmistificar o “oculto” e deixá-lo acessível a todos, sem a necessidade de buscar conhecimento dentro de ordens mágicas fechadas. E também a ideia de que cada um pode criar seu próprio sistema mágico.
Embora hoje as pessoas pensem na Magia do Caos como um sistema mágico, ela não é exatamente um sistema, mas sim uma filosofia. É basicamente a ideia de que não precisamos de dogmas, doutrinas ou até mesmos paradigmas, para fazer a magia acontecer, com o bônus de que podemos utilizar qualquer sistema mágico, existente ou inventado, para realizar nossa vontade.
Outra forma de considerar a questão, é apresentar o Caoísmo como uma filosofia e a Magia do Caos como um sistema, nesse caso a Magia do Caos seria o sistema apresentado por Carrol e Shervin. Nesse ponto de vista poderíamos até considerar que Spare era um caoísta, ao inventar o próprio sistema mágico, assim como Carrol e Shervin, e até outras figuras famosas como Gerald Gardner e Aliester Crowley, ambos tendo criado seus próprios sistemas mágicos mistos. Mas não vamos nos aprofundar muito nisso, voltemos à Magia do Caos.
Para entender por que a Magia do Caos existe, vamos fazer um resumo sobre a magia em geral.
Breve história da Magia
A magia sempre esteve presente na história da humanidade e é definida como a possibilidade de realizar algo, sem necessariamente agir fisicamente nessa realização. Todos nós conhecemos vários tipos de magia, as mais comuns são as simpatias e as orações. Pedimos algo a uma entidade, a natureza, ou ao universo em si, fazemos o ritual e então esperamos que nossa vontade seja magicamente satisfeita por forças desconhecidas.
Existem vários sistemas mágicos, no entanto é possível dividi-los quanto aos métodos e a egrégoras. No animismo, paganismo e xamanismo observa-se que a natureza é a egrégora mais forte, separada em diversas egrégoras menores. Assim você verá um culto geral a Gaia, Terra Mãe, Deusa, etc, além do culto a cada elemento da natureza, como Lua, Sol, Chuva, Animais.
Através de rituais primitivos nós pedimos a entidades naturais que realizem nossas vontades, seja fazendo uma dança da chuva, seja pedindo proteção da natureza, ou vestindo a pele de um animal e garantindo para si a força de um urso, por exemplo.
Com o desenvolvimento da comunicação foi possível passar para as gerações, de forma inicialmente oral, as crenças e modus operandi dos sistemas mágicos primitivos e também foi possível personificar esses elementos naturais, que se tornaram deuses para aqueles que acreditavam.
Não mais se fazia rituais para a primavera, por exemplo, mas sim para Ostara, que personificava a estação do ano mais importante para nós humanos. Não se pensava no sol como uma estrela, mas sim como Aram, o Deus amarelo de fogo, que posteriormente seria também Apolo.
Como existiram diversas tribos, cidades e cultura, cada elemento da natureza teve uma personificação um pouco diferente, mas a maioria deles eram baseados em um elemento natural importante e, normalmente, essencial para a manutenção da vida humana. Por esse motivo os elementos básicos foram matéria prima para criação da maioria das entidades que conhecemos.
Observe que por muito tempo a magia era feita em contato com a natureza e com as egrégoras que se formavam em torno da crença. Não se sacrificava animais por que o sacrifício em si tinha poder, mas sim por que o sacrifício era uma oferenda a uma das entidades a qual o ser humano pedia alguma coisa.
Ou seja, durante muitos milênios o ser humano acreditava que a magia residia em fatores externos. Mas aos poucos, humanos que pareciam ter um contato maior com a magia começaram a se sobressair, se tornando uma “egrégora” por si próprios, na medida que seus pares acreditavam em seu poder. Muito embora eles continuassem se portando como se fossem apenas uma conexão com entidades conhecidas, o poder dessa conexão criava uma aura de poder pessoal, fazendo com o que a magia começasse a ser percebida como uma habilidade do próprio ser humano. Nesse cenário que as pessoas começavam a serem vistas como bruxas, magos e feiticeiros.
Normalmente os grandes feiticeiros de tribos sempre alcançaram postos de liderança em comunidades onde existia algum tipo de hierarquia. Por sua vez as hierarquias precisavam de regras para se manterem e se justificarem, o que foi transformado em dogmas e doutrinas, ingredientes essenciais para a formação das religiões.
Nesse ponto a magia se tornou um instrumento de poder, em vez do natural instrumento de sobrevivência. As crenças eram fortalecidas e passadas de geração para geração. Assim a magia, sob a forma da religião, era o poder absoluto, ou pelo menos o poder paralelo dentro das tribos e posteriormente cidades ou reinos.
Com o advento das grandes religiões monoteístas a magia foi colocada em apenas um recipiente. Apenas um Deus todo poderoso detinha poder mágico, e apenas as pessoas “escolhidas” poderiam ter conexão com esse deus.
Quanto mais pessoas acreditassem em um Deus específico, mais forte ele se transformava, assim como mais forte se tornava a instituição que fazia a manutenção de sua crença. Quando as cidades começaram a se tornar mais conectadas, essas religiões primitivas, que já tinham se tornado foco de poder, começaram a fazer sua guerra santa, em que ou você era convertido ou era morto. Essa parte da história todos conhecemos bem e As Cruzadas e A Inquisição são as histórias mais sangrentas de nosso tempo.
Sistemas Mágicos
Apesar do monoteísmo ter conseguido matar quase todos aqueles que praticavam qualquer outra forma de magia que não fosse rezar para o Deus Abraâmico, muitos magos e bruxas sobreviveram e mantiveram os sistema mágicos “naturais” e conseguiram manter a chama desse conhecimento viva, embora marginalizada.
Com o monopólio monoteísta constituído, todas as demais formas de magia foram jogadas no bolo do paganismo, que embora se manteve enfraquecido por séculos, continuou atuante e retornou a crescer, principalmente no começo do século passado.
Wicca, Voodoo, Druidismo e diversos outros sistemas mágicos sobreviveram ou foram organizados a partir de crenças antigas em novos sistemas e todos eles se mantiveram marginais aos sistemas monoteístas, se tornando a resistência ao sistema hegemônico da cultura local.
Desses sistema nasceram as Ordens Mágicas, que basicamente se utilizavam das mesmas técnicas das religiões para se solidificarem, criando hierarquias doutrinas e dogmas. O que acabava criando um exclusivismo e marginalização, tal qual as grandes religiões criaram.
A Magia do Caos
Assim como sistemas menores criaram sua resistência às religiões hegemônicas, a Magia do Caos surge como resistência geral a qualquer tipo de hierarquia, dogma ou doutrina. É por isso que não podemos chamar a Magia do Caos de sistema mágico, o Caoísmo chega como uma filosofia, não como um sistema.
A principal filosofia da Magia do Caos é que não importa qual crença, sistema ou método você está utilizando, o que importa é se funciona ou não. Você pode utilizar qualquer parte de qualquer sistema mágico para atingir seu objetivo, assim como pode utilizar qualquer egrégora ou conjunto de egrégoras, ou mesmo não utilizar sistema nenhum e focar apenas no poder de sua própria vontade.
Essa é a ideia mais revolucionária na filosofia da Magia do Caos pois ela retira o poder das religiões e das ordens mágicas e dá o poder ao indivíduo. Você não precisa passar pelos rituais de iniciações de alguma ordem para conseguir realizar mágica, você só precisa de conhecimento e vontade.
A vontade é um elemento que pode ser abundante e não precisa necessariamente de fatores externos, mas o conhecimento não era assim tão abundante um século atrás, e o conhecimento criado pelas ordens mágicas eram restritos. Não atoa a Magia do Caos surge no início da era da informação, quando o conhecimento começa a ser acessível a todos.
Não mais precisamos percorrer diversos níveis dentro de uma ordem secreta para obter mais conhecimento, tudo que precisamos é de buscar esse conhecimento. A revolução que a Magia do Caos trás é justamente essa, a de distribuir o poder que antes estava concentrado em ordem fechadas, ou em religiões que mantiveram conhecimento protegido até mesmo de seus próprios seguidores.
Hoje temos acesso a praticamente qualquer tipo de conhecimento e é por isso que a Magia do Caos floresce, principalmente neste século. Pelo fato da filosofia da Magia do Caos beber do conhecimento de vários sistemas mágicos, muitas pessoas definem a Magia do Caos como um meta-sistema, pela sua possibilidade de estudar qualquer um dos outros sistemas e se usufruir da sabedoria deles, sem necessariamente estar limitado a um sistema específico.
A frase que se tornou o slogan no filosofia da Magia do Caos é que “nada é verdadeiro, tudo é permitido”, baseado diretamente na Lei da Thelema que prega “faz o que tu queres pois há de o todo da lei”. Essa parte da filosofia vem com a ideia de nos despir de várias crenças limitantes as quais fomos condicionados ao longo da vida, principalmente pelas grandes religiões monoteístas. Qualquer um que tenha sido criado em um país majoritariamente cristão, como no caso do Brasil, cresce acreditando no dogma e na doutrina cristã, principalmente quanto às proibições.
A moral é um mecanismo de controle, assim como as regras e proibições são feitas especificamente para nos manter reféns da doutrina e impedir que consigamos obter qualquer êxito que não seja dentro do dogma a qual somos obrigados a seguir.
É por isso que na filosofia da Magia do Caos há um grande foco em nosso descondicionamento. É muito difícil deixar para trás as crenças limitantes que nos foram condicionadas desde criança, mas é importante, para que seja possível usufruir de outros sistema mágicos, ou mesmo criar seu próprio sistema mágico.
Um exemplo prático de uma crença limitante que os cristãos em geral estão condicionados é que magia é coisa do demônio e que quem pratica magia vai para o inferno. Claro que hoje temos ciência de que isso foi uma bem sucedida campanha de marketing para que o cristianismo mantivesse sua hegemonia. Não há como uma religião se manter deixando que seus adeptos conheçam outros sistemas mágicos ou religiões, afinal isso deixaria um espaço para que haja evasão do adepto. É essencial manter um sentimento de culpa no adepto, ele não pode ser muito livre.
A Magia do Caos trás a boa nova: você é livre para fazer o que quiser, você é livre para fazer valer sua vontade, você é livre para usar qualquer forma de magia, você é livre para conhecer tudo que quiser conhecer.
O papel da crença
Visto que a Magia do Caos trás uma filosofia da liberdade e da desconstrução, fica parecendo que a crença não tem um papel claro, no entanto ela tem um papel primordial, mas não a crença em alguma entidade, mas sim a crença por si própria.
Quando um católico está orando para seu Deus e pedindo alguma coisa ele está usando o mecanismo da crença. Se ele não acreditasse que um ser divino pudesse resolver seus problemas ele sequer rezaria para esse ser.
Da mesma forma, se nós não acreditarmos ser possível realizar um intento através de nossa vontade, não teremos nenhum resultado, pois nossa própria dúvida cria um bloqueio nessa realização. Afinal para quê gastar energia em algo que não acreditamos que dará resultado?
Portanto a crença permanece importante pois ela que vai te manter no foco de sua vontade. Troque suas crenças limitantes por crenças fortalecedoras. Ao praticar algum ato mágico acredite em um resultado positivo, acredite que é possível.
Sigilos e Servidores
Embora a Magia do Caos não tenha um sistema próprio, as técnicas de sigilização e criação de Servidores Astrais se tornaram muito populares entre os praticantes pois foram apresentadas junto com a Magia do Caos no Liber Null. Não são ideias novas, elas foram agregadas a partir de outros sistemas mágicos mais antigos.
As técnicas de criação de sigilo foram reinventadas por Austin Spare e Peter Carrol, mas já existiam em outras culturas, como a nórdica e africana. Sem a limitação de dogmas a sigilização se tornou mais popular, afinal qualquer pessoa pode criar um sigilo mágico para alcançar seu intento.
Fazer um sigilo não é nada mais do que criar um símbolo que representa um desejo. A técnica mais comum é escrever o seu desejo, preferencialmente no momento presente, como se já o tivesse alcançado, retirar da frase as letras repetidas, e então usar uma das variadas técnicas de sigilização para transformar essas letras em um símbolo.
Existem várias formas de ativar o sigilo, sendo a mais comum através da gnose, que é basicamente focar no sigilo em estado meditativo (ou estado alpha). Existem diversas outras técnicas que utilizam estados alterados de consciência, seja a exaustão, a raiva, a catarse, a paixão, orgasmos ou através de substâncias químicas que alterem o estado de consciência.
A criação de Servos Astrais é parecida, no entanto você não cria um símbolo de uma vontade específica, mas sim uma entidade mágica, com características, personalidade e habilidades. É como um amigo imaginário, mas também é como um ajudante. O servo pode realizar tarefas por tempo indeterminado e seu objetivo não precisa ser específico.
Por exemplo, se você precisa tirar uma nota alta na prova do Enem desse ano, você faz um sigilo especificando explicitamente que você quer passar nessa prova. Ou você pode criar um servidor que, sempre que ativado, vai te ajudar a passar em qualquer prova que você precise passar.
Servos Públicos
Com a facilidade da internet e popularização da Magia do Caos, algumas pessoas começaram a não só criar um Servo Astral, mas deixá-lo livre para que qualquer pessoa possa usufruir de suas habilidades.
Existem diversos Servos Astrais Públicos espalhados pela internet, sendo os mais famosos os 40 Servos de Tommie Kelly, que são um tipo de modernização de arquétipos que já são muito bem conhecidos por todos. Outros Servos Astrais tem fins mais específicos como o Niro, que é um Servo feito para facilitar sonhos lúcidos e viagens astrais.
A lista com todos os Servos Públicos conhecidos você vai encontrar aqui.
Servos Públicos versus Servos Individuais
Embora muita gente tenha receio de utilizar Servos Públicos, a utilização de egrégoras coletivas é muito comum em qualquer ordem mágica, inclusive é mais comum utilizar egrégoras coletivas do que criar uma nova entidade.
A filosofia da Magia do Caos aponta que podemos sim criar entidades e nos tornarmos “magos” através de auto iniciação. Ela foca no “faça você mesmo”, no entanto também somos livres para utilizar outros sistemas, inclusive qualquer egrégora existente, sendo assim não há problema em utilizar Servos Públicos, desde que eles se mostrem eficientes.
Outro ponto interessante dos Servos Públicos é que a egrégora deles tendem a se tornar mais fortes quanto mais pessoas usarem. Um grande exemplo de um Servo Público que evoluiu foi o brasileiro Abralas, que se tornou tão conhecido e respeitado, principalmente por ser eficiente, que já é considerado por algumas pessoas como uma divindade.
Servos Públicos vem como uma solução pronta e fácil de usar para as coisas mais corriqueiras da vida. Todo mundo pode criar seu próprio Servo Astral para conseguir o que quer, mas uma vez que você usa um servidor pronto que já tem uma egrégora forte, você gasta menos energia e tempo no processo, podendo direcionar essa energia para outra área de sua vida. Para além da facilidade de uso, usufruir de outros Servos aumenta nosso conhecimento e ganhamos assim mais ferramentas para a criação de nossos próprios Servos, ou mesmo na criação de nosso próprio sistema mágico.
Como estudar Magia do Caos?
Hoje existem diversos livros e sites sobre a Magia do Caos, mas o ponto principal é a auto desconstrução. Para além de sigilos e servidores o essencial é se desconstruir e para isso você precisa se conhecer e se entender. Por esse motivo a meditação tem grande importância na magia do caos (assim como em qualquer sistema mágico), pois ela dá uma base para esse auto conhecimento uma vez que te tira do modo automático e te coloca no momento presente. O ideal é ter uma rotina diária para a meditação, fazer com que ela se torne parte de sua vida, lembrando que não importa qual tipo de meditação você vá utilizar, só é importante que você pratique diariamente.
Então a primeira etapa para qualquer caoísta não é fazer sigilos ou servidores, mas sim buscar pelo autoconhecimento, e mesmo nessa etapa você pode utilizar qualquer sistema para isso, seja o taoísmo, o budismo ou mesmo ramos da ciência, como a psicologia e neurologia. Você estuda a si e estuda o ser humano em geral. É importantíssimo entender como nós funcionamos, para a partir disso começar o caminho da mudança que queremos em nós.
Outra técnica importante além da meditação é a manutenção de um diário mágico, algo que também está em vários sistemas mágicos por um motivo: funciona. Embora existam exceções, nós humanos não temos uma boa memória, e para evoluir conscientemente precisamos lembrar dos caminhos que já percorremos, do conhecimento que foi adquirido, das ações que foram realizadas.
O Diário Mágico, além de servir como um grimório de fácil acesso, também vai solidificar melhor nosso conhecimento e nossas práticas. E não precisa ser um diário só sobre magia, é importante que falemos sobre tudo que tem acontecido em nossa vida: vontades, projetos, sucessos, fracassos, vida amorosa e social, arrependimentos e tudo mais.
Como já sabemos quem não conhece sua própria história tende a repetir os mesmos erros, a ideia é manter acesa a nossa memória para não cometer os mesmos erros e assim evoluir.
Para além desses instrumentos básicos, o próximo elemento essencial é o conhecimento. Normalmente tendemos a algum tipo de objetivo inicial, então o ideal é adquirir o conhecimento necessário que vai nos ajudar a realizar esses objetivos básicos e esse conhecimento pode vir de qualquer sistema mágico ou não mágico.
O conhecimento básico para qualquer um que inicia o caminho do despertar são as próprias ciências. Felizmente temos grande acesso a qualquer um das ciências, portanto não há obstáculos. Estude história, filosofia, psicologia, sociologia, antropologia, neurologia e qualquer outra área da ciência que você não domine. Costumo dizer que a ciência é o sistema mágico mais eficiente de todos, não importa no que você acredita, mas certamente acredita na ciência pois é através dela que você teve acesso a esse texto, por exemplo.
A próxima etapa é a prática. Não importa em qual nível de conhecimento você esteja, você certamente pode tentar realizar magia da forma que bem entender. O mais importante é praticar sempre e anotar os resultados. Observe que o método é parecido com o método científico, mas aplicado de forma individual, você realiza o teste, vê se funciona e registra.
Se não sabe por onde começar na prática, então faça o que for mais fácil inicialmente, como a criação de um sigilo, ou o uso de um Servo Astral Público. Existem diversas outras práticas para iniciar, como viagens astrais, sonhos lúcidos e inúmeros tipos de divinação.
Hoje temos um acúmulo enorme de conhecimento tudo que precisamos é buscar por ele. Mas lembre-se, cada um tem seu próprio caminho, não se prenda no caminho de outros, a filosofia da Magia do Caos é experimental e pessoal por natureza. Portanto medite, leia, escreva e pratique, isso é tudo que você precisa para percorrer o caminho para ao despertar.